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sábado, 21 de abril de 2012

Entre as junturas dos ossos

Neste livro de poemas, a poeta Vera Lúcia de Oliveira, em suas próprias palavras, nos oferce um convite a mergulhar no que há de mais íntimo e intrínseco dentro de cada um de nós.É uma viagem pela memória, a infância que cada um conserva, a imagem de manhãs e tardes nas quais sentíamos a vida dentro de nós sem que tivéssimos, muitas veses, noção e percepção desse milagre divino. E,como a poesia concentra significados, cada palavra no texto tem seu peso específico, é feita de cocretude e pesa como a coisa que ela representa.Tem cheiro, sabor, range, geme, uiva, fala, ás veses rasteja comona página como um bicho, esbraveja como uma pessoa ferida, ilumina como uma lâmpada, chora como um luto ou rasga a casca da semente, que é de som e ao mesmo tempo não é. O que está entre as junturas dos ossos é o que temos de mais profundo no corpo vivo, onde as palavras viajam, na profundidade da terra,das plantas, dos bichos e das pedras.

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